EXPOGRAFIA

PEQUENAS UTOPIAS

EXPOGRAFIA   PEQUENAS UTOPIAS: REVISTAS DE ARTISTAS NO BRASIL

 

Curadoria: Amir Brito Cadôr | CAIXA Cultural São Paulo, 20fev-31mar2024

Um equipamento funcional capaz de abarcar a diversidade e a quantidade das revistas expostas, de acordo com os arranjos curatoriais propostos. Tirando partido dos painéis brancos existentes na galeria, pensamos numa faixa contínua pintada de preto acetinado, à semelhança de uma grande lousa, em que as obras seriam apresentadas em conjuntos e recobertas por planos de vidro, sem a necessidade de molduras individuais. Apensa, vitrine linear com estrutura em pontaletes de madeira e tampos de vidro, fundo em compensado revestido de linho cinza. Para a consulta e manuseio de algumas publicações pelo público, uma mesa e seis cadeiras. Outras vitrines descobertas no porão da instituição seriam aproveitadas — com os fundos também revestidos em linho — dispostas junto aos caixilhos, de modo a garantir boa fluidez e certa economia de recursos. Na sala existente ao fundo da galeria um contraponto: obras de grande formato emolduradas em acrílico num cubo branco. Diversas formas de expor, 60 anos em revista. A identidade visual, também a cargo do Estúdio Risco, garantindo legibilidade e boa gestão espacial para diversos suportes. Algo se manteve, algo se perdeu, num processo de produção truncado pela ausência de verba e tempo – fruto de um edital de ocupação de espaços que exige orçamentos e cronograma antes mesmo de uma curadoria amadurecida, colocando o carro na frente dos bois – pulamos da carroça em movimento. Riscos originais de expografia e gráfico finalizados por Marina Ayra.

 

EXPOGRAFIA

ESPAÇO HERCULANO PIRES – ARTE NO DINHEIRO

EXPOGRAFIA  ESPAÇO HERCULANO PIRES – ARTE NO DINHEIRO

 

Curadoria: Vagner Porto | Itaú Cultural, inaugurado em 07dez2023, exposição permanente

No andar de cima do já conhecido Espaço Olavo Setubal, o Itaú Cultural inaugura o Espaço Herculano Pires – Arte no dinheiro, mostra que abriga permanentemente a Coleção Itaú de Numismática. Pensamos em promover ali, numa diversidade de dispositivos e soluções expográficas analógicas e digitais, um ambiente que desperte no público a curiosidade e o cuidado característicos dos colecionadores. Na periferia envidraçada do andar, um painel metálico branco “flutua” deixando entrever abaixo os caixilhos do edifício, sem apartá-lo de seu contexto urbano – frestas para a cidade de São Paulo. Equipamento multifuncional que recebe vitrines, monitores de vídeo, prateleiras, obras de arte, recursos de audiodescrição, legendagem, moedas táteis, material educativo etc., num sentido de acessibilidade universal e não hierárquica. Já o volume central de shafts e casa de máquinas é abraçado por um painel que sai do chão e resolve uma sala fechada e coberta, reservada ao tesouro da peça da coroação e às primeiras moedas do Brasil independente, além da coleção imperial de moedas e selos. A ideia é que aqui, o visitante adentre um ambiente com luz rebaixada e paredes azuis. Azul que aparece, noutra escala, no revestimento em veludo dentro de molduras e vitrines – fundo para as moedas, cédulas, medalhas e selos, à maneira das forrações de álbuns e caixas de jóias. Em área central, um gabinete de curiosidades em madeira franqueia ao visitante alguma experiência do ser numismata.

 

EXPOGRAFIA

OLAVO SETUBAL: UM HOMEM DIANTE DO SEU TEMPO

EXPOGRAFIA  OLAVO SETUBAL: UM HOMEM DIANTE DO SEU TEMPO

 

Curadoria: Leno Veras | Itaú Cultural, 14abr-17set2023

A exposição “Olavo Setubal: um homem diante do seu tempo” apresenta uma organização espacial radioconcêntrica, que proporciona ao público circulação e fruição a um só tempo simultânea e transversal, conforme à trajetória de Olavo Setubal. Telas, monitores, painéis, bancadas, vitrines e bases são estruturadas a partir do centro – um coreto de forma hexagonal (infância e família) que irradia os demais seis eixos curatoriais propostos: arte e cultura; desenvolvimento econômico; educação e saúde; política e sociedade; ciência e tecnologia; planejamento urbanístico. As paredes da sala expositiva foram pintadas de preto e o piso recebeu revestimento vinílico cinza. Cada eixo curatorial identificado por forro de papel em tons terrosos. O acervo da mostra repousa sobre tecido de algodão cru aplicado a suportes com pintura cinza.

 

ARQUITETURA

JP62

ARQUITETURA   JP62

 

Apartamento | São Paulo, 2022-3

Eis um projeto iniciado ainda na escolha do imóvel, junto à cliente – um apartamento de dois dormitórios – planta original – em edifício dos anos 1970, com excelente localização na cidade de São Paulo. Janelas generosas e piso de tacos em bom estado, escondido sob carpete gasto. Era fazer uma oferta que garantisse uma reserva financeira para a remodelação imprescindível das áreas molhadas e a renovação das instalações de hidráulica e elétrica. Obedecendo a um orçamento ajustado, demolimos algumas paredes para integração das áreas comuns, fechamos internamente a entrada de serviço, escolhemos acabamentos simples, recuperamos os tacos, e aproveitamos os guarda-roupas pré-existentes em novo arranjo. Uma marcenaria complementar arrojada na cozinha, lavanderia e banheiro dá identidade à reforma.

CENOGRAFIA

FESTIVAL VIOLA DA TERRA

CENOGRAFIA FESTIVAL VIOLA DA TERRA

 

Festival de viola caipira instrumental | Centro Cultural Casarão, Campinas, SP, 3, 4, 10 e 11abr2021

Um móbile em tubos de cobre a partir da fragmentação da viola no mínimo – tampo, boca e braço – que remete à paisagem sonora da logomarca do festival, também desenvolvida pelo Estúdio Risco. Três peças independentes penduradas em caixa preta, contrapesadas por paralelepípedos, dispostas em primeiro plano. Vários arranjos de palco e enquadramentos para a filmagem dos espetáculos, transmitidos pela internet – pandemia. A luz a definir o espaço cênico. Formas que se atravessam em baile: viola da terra. Disponível para assistir no Youtube, aqui.

ARQUITETURA

SUSTENIDOS

ARQUITETURA   SUSTENIDOS

 

Organização Social  | São Paulo, 2020

Nosso desafio principal aqui foi a a otimização do espaço em função da diminuição significativa de área em relação à sede anterior da organização social, com o aproveitamento de mobiliário pré-existente. Para dar unidade visual à nova sede, considerados o programa de necessidades estabelecido e as consequentes adaptações necessárias ao conjunto comercial, pensamos na aplicação das cores da logomarca Sustenidos no design de interiores (cinza para o piso vinílico, verde para a pintura da ilha central, branco para as demais paredes). Os móveis – estação de trabalho, gaveteiros volantes, arquivos e armários de aço, mesas e complementos para salas de reunião e apoio aos funcionários – ainda que criteriosamente escolhidos, apresentavam tamanhos e acabamentos diversos. A solução foi “envelopá-los” da perspectiva de quem entra no espaço.

No sentido da economia de espaço, sugerimos a aquisição de arquivos deslizantes, que foram instalados no fundo do imóvel – ao centro – ladeados por duas pequenas salas fechadas – depósito e tecnologia da informação. As estações de trabalho locadas na sequência e as áreas de uso coletivo junto à recepção, organizadas por um volume central mais baixo – café. No mais, uma nova distribuição de instalações elétricas e de lógica embutidas no contrapiso; divisórias em drywall; caixilhos em alumínio preto e vidro para salas de reunião e porta de entrada; portas em madeira com pintura preta para salas fechadas; balcão da recepção em drywall com tampos em MDF revestidos em laminado melamínico; pequenos reparos e pintura para as áreas de banheiro e copa já existentes.

DESENHO GRÁFICO

REVISTA LAVOURA #6

DESENHO GRÁFICO   REVISTA LAVOURA #6

 

Revista Lavoura #6 | janeiro 2020

Design e editoração eletrônica do sexto número da publicação periódica. Lavoura é uma revista literária que nesta edição trata de fronteiras e ocultamentos na produção contemporânea.

CENOGRAFIA

BHAVA – O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS

CENOGRAFIA   BHAVA – O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS

 

Festa de inauguração | São Paulo, 02nov2019

A cenografia para a festa de inauguração da escola Bhava de meditação partiu da ideia de construção da casa de um samurai contemporâneo, uma vez que a casa em que se encontra ainda não foi totalmente adaptada às necessidades da escola. Assim, elementos simples da construção civil são empregados na decoração, incrementados pelo ouro que remete ao refinamento oriental: andaimes com chapas metálicas douradas, instalações em tela fachadeira, banquinhos em pinus como que de obra com pé metálico dourado, mesas em cavaletes e painéis de pinus, blocos cerâmicos dourados, lâmpadas tubos led com filtro âmbar, stencil em tinta dourada de padronagem tradicional japonesa em mureta do jardim. Um altar luminoso foi construído com tripé em tubos metálicos encimados por uma esfera em fibra de vidro.

EXPOGRAFIA

PRETATITUDE | ITINERÂNCIA SANTOS

EXPOGRAFIA   PRETATITUDE: INSURGÊNCIAS, EMERGÊNCIAS E AFIRMAÇÕES NA ARTE AFRO-BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

 

Curadoria: Claudinei Roberto | Sesc Santos, 10set2019-16jan2020

Nesta itinerância, utilizamos a mesma estrutura expográfica da mostra originalmente realizada no Sesc Vila Mariana, com acréscimo de algumas bases e painéis, em função da incorporação de novos artistas e novas obras, demanda curatorial que pôde tirar partido da área mais generosa da unidade e da implantação proposta, com possibilidade de ocupação das faces externas do exoesqueleto autoportante e do espraiamento do conjunto. A sinalização gráfica também esteve a cargo do Estúdio Risco.

EXPOGRAFIA

O QUE OS OLHOS ALCANÇAM | ITINERÂNCIA SANTO ANDRÉ

EXPOGRAFIA   O QUE OS OLHOS ALCANÇAM – CRISTIANO MASCARO | ITINERÂNCIA SANTO ANDRÉ

 

Curadoria: Rubens Fernandes Junior | Sesc Santo André, 21ago-17nov2019

Andamos cada vez mais preocupados com a economia de meios, facilidade de montagem, flexibilidade de arranjos e possibilidade de reaproveitamento dos dispositivos em nossos projetos. A exposição de Cristiano Mascaro foi um bom laboratório nesse sentido, quase uma provocação ao Sesc no sentido da possibilidade de itinerância. A instituição prontamente aceitou e entendeu as possibilidades e a exposição ganhou uma sobrevida completa no Sesc Santo André e deverá ainda em 2020 excursionar em núcleos por outras unidades. Nessa segunda montagem, alguns erros de execução dos biombos puderam ser corrigidos e a generosidade do espaço expositivo proporcionou algumas visadas antes só possíveis no modelo 3D criado, parecendo ter encontrado sua forma ideal. O tempo de montagem, em que pese o grid para iluminação que precisou ser executado especialmente para a mostra no local, foi muito aquém do usual, o que nos deixou bastante contentes. De novidade, a impressão de algumas fotos como grandes bandeiras, que convidam o público desde o piso superior à visita: o que os olhos alcançam.

EXPOGRAFIA

36º PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA: SERTÃO

EXPOGRAFIA   36º PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA: SERTÃO

 

Curadoria: Júlia Rebouças | MAM São Paulo, 17ago-17nov2019

A expografia deveria considerar a utilização dos painéis já existentes no MAM, ou no mínimo a guarda dos mesmo no espaço expositivo, criando um embate fundamental com a travessia pretendida em sertão, avesso de cerca, lugar de experimentação e resistência. Desnudar o edifício ao tempo de implementar as obras era o nosso desafio e a resposta a ele a topologia de sertão: tombamento dos painéis de 3 metros de altura, que sobrepostos um ao outro (empilhamentos de 1 a 4 unidades) criaram volumes que brotam do chão em alturas variáveis de meio até dois metros, revestidos em chapas finas de MDF cru com aplicação de verniz marítimo, suportes de obras e sinalização gráfica. Dispositivos expográficas complementares (bancos, telas inclinadas e vitrine) foram desenhados em tubo de aço e MDF. Horizonte insurgente com pedras no meio do caminho.

ARQUITETURA

RODA DE MATEMÁTICA – HIGIENÓPOLIS

ARQUITETURA   RODA DE MATEMÁTICA – HIGIENÓPOLIS

 

Escola | São Paulo, 2019

O projeto da filial da escola de matemática para crianças de 5 a 12 anos, contou com a expertise acumulada pela escola ao longo dos três anos de funcionamento da Roda De Matemática no estabelecimento de um programa de necessidades bem detalhado, que considerava inclusive o modelo de mobiliário existente em sua primeira unidade, com adequações e complementações. Nosso desafio foi criar um espaço lúdico e racional, de acordo com a filosofia da escola, em que a escala da criança fosse respeitada e as condições de trabalho de professores e funcionários melhorada, estimulando as trocas de experiência entre todos. A reforma do conjunto comercial incluiu uma completa recompartimentação dos ambientes e na demolição das antigas paredes forma descobertos viga e pilar de concreto, que descascados foram deixados à mostra. As cores primárias presentes na logomarca e no mobiliário da escola expandiram-se para a arquitetura, com a escolha de um piso vinílico amarelo e a utilização do vermelho nas portas com escotilhas. Especial atenção foi dada à sala de espera, para que pais e alunos pudessem estar confortáveis sem atrapalhar a dinâmica do funcionamento das aulas. Nesse sentido, um equipamento funcional foi criado com acessórios (caixas de madeira, suportes para vasos) presos a tubos metálicos, de modo a preservar as salas de aula sem confinar o ambiente.

DESENHO GRÁFICO

COÁGULO

DESENHO GRÁFICO   COÁGULO

 

Livro de Humberto Pio | Editora Reformatório | 2019

Design, editoração eletrônica e fotografias do livro, vencedor do Prêmio Maraã de Poesia 2018. A publicação reúne 72 poemas escritos ao longo de 27 anos, que segundo o autor, constituem a manifestação de um si mesmo transpessoal, signo de resistência. “Arquiteto safo, o autor versa angulando emoções”, aponta o crítico Pedro Marques na orelha do livro. “A poesia é seu edifício de tempos em ruínas. É a frincha entre ocorrência e ocorrido. O poeta lavra um Boletim de Ocorrência do que acomete o humano, os mesmos sentimentos para acidentes outros. A poesia do tempo em transe.”

EXPOGRAFIA

PRETATITUDE

EXPOGRAFIA   PRETATITUDE: INSURGÊNCIAS, EMERGÊNCIAS E AFIRMAÇÕES NA ARTE AFRO-BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

 

Curadoria: Claudinei Roberto | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 16mai-18ago2019

Para o desenho da exposição estavam colocados três desafios: o enfrentamento com o atrium da unidade do Sesc Vila Mariana, e suas limitações de área e infraestrutura; a racionalidade de um desenho modular e portátil, tendo em vista uma futura itinerância; e a complexidade da narrativa polifônica curatorial, com respeito a sua diversidade e aos pontos de contato entre artistas e obras. Daí o primeiro gesto da expografia de construir um exoesqueleto autoportante, que recebe as próteses necessárias à organização do espaço expositivo – paredes, equipamentos de iluminação e alimentação elétrica – considerando acessos, usos e circulações do edifício, bem como o máximo aproveitamento da área disponível para a exposição, em função do grande volume de obras a ser abrigado. Estrutura que poderá receber novos fechamentos e expansões na itinerância. Criamos assim um grid tubular sinalizado em laranja (mesma cor da logomarca da exposição), que recebe refletores e conduz o cabeamento elétrico. As paredes, buscando dar leveza ao conjunto, são em chapas de MDF pintadas na cor cinza, com altura de 1,80m, vazadas em cima e embaixo, com exceção de duas paredes centrais que tocam o chão e o vigamento superior, em cores especiais. Como dispositivos expográficos complementares temos bases de para esculturas (com cúpula de acrílico ou não), estantes e vitrines acopladas aos painéis, garantindo a boa circulação do público em função da exiguidade do espaço. Mesa, armário e banquetas para o educativo. A sinalização gráfica também esteve a cargo do Estúdio Risco. Com este equipamento funcional, em que buscamos extrair o máximo do mínimo (custo e materiais) e fornercer o máximo no mínimo de espaço, intentamos contribuir para a emergência e insurgência da produção artística afro-brasileira contemporânea.

CENOGRAFIA

ELETROGORDO 2019

CENOGRAFIA   ELETROGORDO 2019

 

4ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2019

Em sua quarta temporada, João Gordo ganha a companhia de Queiroz, um peixe laranja numa TV-aquário. Cenário, logomarca e vinhetas de abertura e de créditos do programa por Estúdio Risco.

EXPOGRAFIA

ARTE-VEÍCULO | ITINERÂNCIA SANTOS

EXPOGRAFIA   ARTE-VEÍCULO | ITINERÂNCIA SANTOS

 

Curadoria: Ana Maria Maia | Sesc Santos, 17abr-28jul2019

A adequação da mostra originalmente concebida para o Sesc Pompeia, em São Paulo, ao espaço térreo do Sesc Santos foi feita em diálogo constante com a curadoria, de modo a respeitar os núcleos expositivos e as relações de vizinhança pretendidas, trabalhando as tensões entre estrutura e liberdade no convite à fruição de corpos visitantes que se colocam em diálogo com as obras expostas, através de pórticos, janelas e superfícies translúcidas. O arranjo espacial da mostra em Santos parece ter evidenciado ainda mais a importância do Programa Público Arte-Veículo enquanto ágora contemporâneo, espaço de discussão mediada por educadores. As soluções materiais para os dispositivos expográficos foram as mesmas adotadas para a primeira mostra: perfis de aço leve, policarbonato, gesso acartonado e mobiliário em MDF cru.

EXPOGRAFIA

O QUE OS OLHOS ALCANÇAM

EXPOGRAFIA   O QUE OS OLHOS ALCANÇAM – CRISTIANO MASCARO

 

Curadoria: Rubens Fernandes Junior | Sesc Pinheiros, São Paulo, 29mar-23jun2019

O desenho da mostra individual de fotografias, que celebra 50 anos da carreira de Cristiano Mascaro, estrutura-se a partir de uma malha hexagonal, com segmentos de 1,60 metros, que organiza o espaço expositivo conforme a proposição curatorial. Dessa forma, os quinze núcleos expositivos são organizados de modo fluido em delgados painéis autoportantes (biombos), percorridos livremente pelo público, possibilitando visadas simultâneas em que temas e épocas se sobrepõem. Dadas as características do espaço destinado à exposição, que apresenta acessos laterais opostos, e o desejo manifestado pela curadoria de que as fotografias mais antigas abrissem a mostra, os biombos foram dispostos de tal modo que conduzem os visitantes até um pórtico central. As variações de pé direito do espaço e o desejo de uma integridade visual fundamentou a altura baixa dos módulos de painéis. Cada um dos biombos apresenta estrutura em tubo metálico quadrado com fechamento em em chapas de MDF. Dispositivos expográficas complementares (vitrines, porta-catálogo e bancos) apresentam o mesmo sistema construtivo misto. Tudo em tons de cinza que variam de acordo com os usos, em diálogo com a riqueza das nuances a fotografia predominantemente em preto e branco.

CENOGRAFIA

FOLIA NA FÁBRICA

CENOGRAFIA   FOLIA NA FÁBRICA

 

Decoração de carnaval | Sesc Pompeia, São Paulo, 1-5mar2019

De dentro de um bloco de rua em São Paulo o olhar do folião alcança, para além das fantasias de seus pares, os vendedores ambulantes com seus isopores reforçados e guarda-sóis coloridos. São esses elementos de uma cultura popular contemporânea, que elegemos como mote para a decoração do Carnaval Sesc Pompeia 2019. É assim que duas peças tradicionais dos carnavais de rua, o pórtico e o bonecão, vestem-se de formas e cores ambulantes. As portadas principal e dos galpões da fábrica recebem os pórticos de caixas de isopor de diversos tamanhos, decoradas por fitas adesivas de cores vibrantes. Ladeiam os palcos da choperia e do deque, dois bonecões cibernéticos articulados, com adereços em fita percinta e mangueiras de led. Para completar a festa, os guarda-sóis da unidade recebem também suas fantasias: capas coloridas metalizadas. E os funcionários apresentam adereços confeccionados em fita percinta.

CENOGRAFIA

FRUTO 2019

CENOGRAFIA   SEMINÁRIO FRUTO: DIÁLOGOS DO ALIMENTO 2019

 

Organização: Alex Atala e Felipe Ribenboim, em parceria com o Instituto ATÁ | Unibes Cultural, São Paulo, 25-27jan2019

Para a segunda edição do seminário sobre alimentação e de acordo com a ideia da sustentabilidade discutida no evento, algumas dos dispositivos cenográficos da primeira edição foram reaproveitados. As principais novidades em 2019 foram: a mostra fotográfica ”Ameríndios do Brasil”, com trabalhos de Renato Soares, um redário, o painel do artista Derlon e a entrada do prédio por uma floresta de bolso, do pasagista Ricardo Cardim.

CENOGRAFIA

SESC PARQUE DOM PEDRO II

CENOGRAFIA   SESC PARQUE DOM PEDRO II

 

Pintura dos contêineres | Sesc Parque Dom Pedro II, São Paulo, jan2019

Tamanduateí, o rio de muitas voltas e tantos afluentes (Ipiranga, Mooca e Pedra Branca). Um leito límpido, navegável, às margens do qual encontram-se lavadeiras e pescadores. Avenida do Estado, trânsito caótico, um rio retificado, camuflado pelo concreto do canal, esgoto a céu aberto. Pouco mais de um século os separam. O resgate das águas de São Paulo é o mote para nossa intervenção no Sesc Dom Pedro II, às margens do Tamanduateí. Para tanto, os contêineres existentes receberam nova pintura que de forma poética contrapõe linhas retas e curvas, como se fosse um mapa comparativo do rio em seus diferentes tempos. O projeto de sinalização da unidade também foi elaborado, embora apenas parcialmente implementado.

ARQUITETURA

DC151

ARQUITETURA   DC151

 

Apartamento | São Paulo, 2017-8

Quando a gente faz uma planta arquitetônica de reforma, indica em tracejado vermelho as paredes a demolir. Usássemos um pontilhado e nosso desenho para este amplo apartamento pareceria uma catapora. Demolindo, desvelamos alguns tesouros escondidos: pilares, porta de entrada, lavabo. Pilares agora em concreto aparente, signos das subtrações realizadas. O volume do lavabo envelopado em lambris verdes, índice do verde colonial da porta de entrada em serralheria artística, agora em evidência, reminiscência do casarão de Higienópolis demolido para dar lugar ao prédio, que a pedido dos antigos proprietários do lote, teria sido reaproveitada num dos andares destinados originalmente aos familiares. Os antigos pisos de madeira recuperados, placas de concreto nas cicatrizes (hall, copa e áreas de serviço). Um solário movimentando o piso da sala enorme, jardim solar. Estúdio de música, com piso, porta e janela acústicas. Banheiros generosos revestidos em pedra. Nossa indicação de mobiliário e luminárias complementares ao belo acervo da família. E por fim o desenho de novas bancadas, armários e guarda-roupas, além da cama e da escrivaninha Tom sur tom para o filho adolescente, da estante Fianco e da mesa Dupla-face, para o escritório dos pais.

EXPOGRAFIA

Sesc Bertioga – 70 anos a beira-mar

EXPOGRAFIA   SESC BERTIOGA – 70 ANOS A BEIRA-MAR

 

Curadoria: Alexandre Bispo | Sesc Bertioga, 20out2018-28fev2019

A exposição 70 anos à beira-mar conta um pouco da história da colônia de férias (Sesc Bertioga) e do turismo social a partir de fotografias, publicações, cartazes e documentos do acervo Sesc Memórias, além de alguns objetos colecionados e ou produzidos para a mostra. O núcleo principal da exposição é o foyer do espaço cênico da área de convivência, que recebe os seguintes dispositivos expográficos: carrossel de monóculos abrindo janelas para o passado, por meio de coleções de fotografias em monitores de vídeo; anúncios luminosos, backlights com conteúdo gráfico (mapas, propagandas, gráficos, logomarcas); painel expositivo com álbuns de fotografias, cartazes, documentos, caixas de memorabilia, legendas, busto de Ruy Fonseca e objetos diversos; bancos para leitura de edições fac-símiles de publicações turísticas do Sesc; estandartes para texto institucional, curatorial e ficha técnica. Ainda na área de convivência, um outdoor sob a marquise do restaurante, com imagem de visita ao sítio da atual colônia de férias em 1947, convite ao transeunte para descobrir a exposição. Nas varandas contíguas ao foyer, bandeiras com impressão de fotografias antigas. A exposição se espalha pelo parque: lambe-lambes em algumas empenas cegas de casas de hóspedes trazem imagens de outros tempos e fotografias de comerciários de várias épocas, impressas em escala real em adesivo vinílico sobre chapas de madeira. Os visitantes interagem nos cenários, tirando selfies e registrando para o futuro o presente simultâneo ao passado. A identidade visual da exposição, também projeto do Estúdio Risco, pensada a partir de um padrão geométrico que alude por um lado ao movimento das águas e por outro a grafismos presentes em cestarias e na pintura corporal dos índios da Aldeia Rio Silveira. Cores azuis e verde, piscina e mar, balneário, Bertioga.

EXPOGRAFIA

OS FUZIS DA DONA TEREZA CARRAR

EXPOGRAFIA   OS FUZIS DA DONA TEREZA CARRAR

 

Curadoria: Sérgio de Carvalho | Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo, 2out-23dez2018

A exposição integra a programação Ecos de 1968: 50 anos depois, sobre os eventos conhecidos como Batalha da Maria Antonia. Trata do espetáculo os Fuzis da Dona Tereza, dirigido por Flávio Império para o Teatro dos Universitários de São Paulo. Está organizada em dois tempos, em duas salas do primeiro andar do edifício Joaquim Nabuco, no Centro Cultural Maria Antonia. É anunciada pelo painel sangue (logomarca da exposição a partir de arte gráfica de Flávio Império para o espetáculo), posto sobre janela de frente para a escada, no hall que as une. A sala maior abriga o núcleo histórico da exposição (1968): quadros de notas com reproduções de documentos e fotografias de época; estandarte em voal; praça (tapete com reprodução de imagem originalmente projetada em cena, bancos vermelhos); uma televisão com excerto de documentário sobre o Festival Mundial de Teatro de Nancy de 1969, único registro em cores da época; plano de tábuas inclinado que faz referência ao palco do espetáculo, com fotografias de cena. A sala menor (2018) traz a projeção de um documentário inédito com depoimentos de atores, críticos e técnicos, 50 anos depois. O Estúdio Risco assina também o desenho gráfico da exposição.

CENOGRAFIA

ELETROGORDO 2018

CENOGRAFIA   ELETROGORDO 2018

 

3ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2018

A oficina de eletrodomésticos do João Gordo é um sucesso! Balcão reformado, quadro de ferramentas e produtos encartelados são as novidades do cenário. Cenário, logomarca e vinhetas de abertura e de créditos do programa por Estúdio Risco.

EXPOGRAFIA

ARTE-VEÍCULO

EXPOGRAFIA   ARTE-VEÍCULO

 

Curadoria: Ana Maria Maia | Sesc Pompeia, São Paulo, 28ago-02dez2018

O desenho da mostra Arte-veículo estrutura-se a partir de um eixo central que organiza o espaço expositivo ao tempo em que enfrenta o lago da área de convivência do Sesc Pompeia, tensionando suas margens numa modulação ortogonal rígida. Dessa forma, os diversos núcleos expositivos são organizados em salas que além de janelas e portas apresentam paredes translúcidas, rompendo com o confinamento tradicional da museologia. Essa atmosfera de curiosidade e investigação é garantida por um equipamento funcional construído em perfis de aço leve (sistema stell-framing), evitando desperdício de materiais e facilitando a montagem. Estrutura que recebe os fechamentos necessários em chapas de policarbonato alveolar ou placas de gesso acartonado (quando a obra de arte exige parede), além de dispositivos expográficos complementares (vitrines, prateleiras) e dispositivos de comunicação visual. Uma mídia das mídias, de caráter etéreo, que se contrapõe ao telúrico dos mobiliários em MDF cru, com assentos em conchas plásticas.

CENOGRAFIA

FRUTO 2018

CENOGRAFIA   SEMINÁRIO FRUTO: DIÁLOGOS DO ALIMENTO 2018

 

Organização: Alex Atala e Felipe Ribenboim, em parceria com o Instituto ATÁ | Unibes Cultural, São Paulo, 26-27jan2018

Evento internacional que acontece em São Paulo para a discussão da alimentação contemporânea (problemas, desafios e soluções). O projeto cenográfico considera equipamentos e móveis existentes disponíveis, com complementações, visando dar unidade ao conjunto de atividades e espaços (teatro, auditório/área VIP, lounge, sala de imprensa e pátio/refeitório) do evento. Contempla o leiaute dos referidos ambientes e a indicação de alguns dispositivos cenográficos auxiliares e suportes para a  sinalização. As florestas de bolso do paisagista Ricardo Cardim complementam o projeto.

 

DESENHO GRÁFICO

FLUSSER E AS DORES DO ESPAÇO

DESENHO GRÁFICO   FLUSSER E AS DORES DO ESPAÇO

 

Curadoria Norval Baitello Junior e Camila Garcia | Sesc Ipiranga, São Paulo, 10out2017-28jan2018

Identidade visual, sinalização, projeto de dispositivos expográficos, design e editoração eletrônica do catálogo e tratamento de imagens.

CENOGRAFIA

ELETROGORDO 2017

CENOGRAFIA   ELETROGORDO 2017

 

2ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2017

Na segunda temporada de Eletrogordo, televisores e pôsteres com anúncios antigos de eletrodomésticos dão cor e dinamismo ao programa. Cenário, logomarca e vinhetas de abertura e de créditos do programa feitos pelo Estúdio Risco.

DESENHO GRÁFICO

ENCONTRO DAS ÁGUAS

DESENHO GRÁFICO   ENCONTRO DAS ÁGUAS: ORQUESTRA FILARMÔNICA DE VIOLAS CONVIDA SOLISTAS

 

CD da Orquestra Filarmônica de Violas | 2017

Design, editoração eletrônica e ilustração da capa do álbum. O estúdio Risco assina também o videocenário da turnê do espetáculo.

EXPOGRAFIA

CONFLUÊNCIAS – TRANSATLÂNTICA 10 ANOS

EXPOGRAFIA   CONFLUÊNCIAS – TRANSATLÂNTICA 10 ANOS

 

Curadoria: La Fabrica, PHotoEspaña e Sesc São Paulo | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 6abr-9jul2017

Exposição que celebra o décimo aniversário do projeto Transatlântica: fórum de fotografia e artes visuais ibero-americanas. Contemplando a diversidade objetivada pelo projeto, foram selecionados 22 fotógrafos emergentes de oito países. A pedido do Sesc Vila Mariana, reaproveitamos os suportes expográficos de Arno Rafael Minkkinen: corpo como evidência, realizada no mesmo espaço. Nesse caso, contudo, não interessava à curadoria a fruidez do espaço anterior, o que ao lado do grande número de obras expostas, nos fez optar pelo chapeamento das estruturas vazadas de madeira. Paredes brancas. O estúdio Risco também foi responsável pelo desenho gráfico da exposição.

EXPOGRAFIA

ESTOU CÁ

EXPOGRAFIA

 

ESTOU CÁ | Curadoria: Paulo Miyada | Sesc Belenzinho, São Paulo, 30nov2016-28fev2017

Lançado em julho de 2016, o ciclo Estou cá buscou problematizar a arte contemporânea. Após as exposições Potlatch: Trocas de arte e Sempre algo entre nós, o projeto chega em sua última etapa, com a exposição homônima, que testa hipóteses a respeito da arte, seus agentes, processos constitutivos e a relação com o lugar e os públicos do Sesc Belenzinho. Estou cá é dividida em três núcleos expositivos: Refeitos (resultado de oficina promovida por Pedro França),  Artistas achados e apropriados (mostra do artista Paulo Bruscky com objetos ordinários e imagens cotidianas que remetem a obras célebres da história da arte) e ZL (exposição coletiva com artistas que têm a Zona Leste de São Paulo como contexto. Pinturas, gravuras, instalações, vídeos e ações pesquisados ao longo do ano). A sala expositiva que abrigou àquelas duas primeiras exposições recebe um painel, que divide o espaço de Refeitos do de Artistas achados e apropriados. Já a parede frontal da área expositiva original é removida e ela se abre para a praça defronte, chão de vidro que abriga a ZL, com novo reaproveitando das estruturas metálicas de painéis pré-existentes, para as obras (chapeadas) e para os equipamentos de luz (vazadas). Além dos três núcleos, a exposição conta com um espaço dedicado ao educativo, organizado no projeto experimental de mediação Boletim Público, para o qual desenhamos uma linha de mobiliário composta por mesas, armários e bancos, em chapas de compensado, com faces superiores revestidas em laminado melamínico azul e pés metálicos.

CENOGRAFIA

CENA ABSURDO

CENOGRAFIA   CENA ABSURDO

 

Performance poético-musical | Turnê desde nov2016

Cenário portátil para a experimentação músico-poético feita ao vivo nos lançamentos de CENA ABSURDO, de Pedro Marques, a partir do conceito de empilhamento de pedras desenvolvido para o desenho gráfico do livro e site do projeto. Composições e performance realizados pelos músicos Juliana Amaral, Gustavo Bonin e Micael Antunes.

DESENHO GRÁFICO

CENA ABSURDO

DESENHO GRÁFICO   CENA ABSURDO

 

Livro de Pedro Marques | Ateliê Editorial | 2016

Design, editoração eletrônica e fotografias do livro e web design para site do projeto. O estúdio Risco também assina a cenografia da performance poético-musical que acontece nos lançamentos do livro.

EXPOGRAFIA

SEMPRE ALGO ENTRE NÓS

EXPOGRAFIA   SEMPRE ALGO ENTRE NÓS

 

Curadoria: Galciane Neves | Sesc Belenzinho, Sã0 Paulo, 01set-30out2016

Segunda das mostras do ciclo Estou cá, que ocupa o Sesc Belenzinho de julho de 2016 a fevereiro de 2017, Sempre algo entre nós reune artistas brasileiros contemporâneos que operam a partir das idéias de partilha e relação, chamando o público a uma experimentação artística única no tempo e espaço expositivos. A expografia considera a conformação espacial da mostra anterior, Potlatch: Trocas de arte, com fechamento das estruturas metálicas de painéis e acréscimo de uma nova divisória. Em contraponto às paredes pintadas de branco, os demais dispositivos expográficos foram executados em MDF cru, com aplicação de seladora.

CENOGRAFIA

ELETROGORDO 2016

CENOGRAFIA   ELETROGORDO 2016

 

1ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2016

Numa oficina de eletrodomésticos João Gordo entrevista personalidades da cultura pop brasileira enquanto promove reparos em  video-cassetes, espremedores de limão e vitrolas. Além do cenário, o Estúdio Risco desenvolveu a logomarca e as vinhetas de abertura e de créditos do programa.

EXPOGRAFIA

ARNO R. MINKKINEN | ITINERÂNCIA SÃO PAULO

EXPOGRAFIA   ARNO RAFAEL MINKKINEN: CORPO COMO EVIDÊNCIA | ITINERÂNCIA SÃO PAULO

 

Curadoria: João Kulcsár | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 23ago-18dez2016

Itinerância da mostra fotográfica, originalmente montada no Sesc Jundiaí, com suportes expográficos ora projetados especialmente: painéis em madeira crua, labirinto de cheios e vazios angulados. Trípticos  que criam uma dinâmica fruidora simultânea, em que os corpos dos visitantes misturam-se aos fragmentos em preto e branco do corpo desnudo de Arno Rafael Minkkinen. Desenho gráfico expositivo também de nossa autoria.

EXPOGRAFIA

POTLATCH

EXPOGRAFIA   POTLATCH: TROCAS DE ARTE

 

Curadoria: Carolina de Angelis, Juliana Biscalquin, Paulo Miyada e Yudi Rafael | Sesc Belenzinho, São Paulo, 05jul-07ago2016

Exposição inaugural do projeto Estou cá, que ocupa o Sesc Belenzinho de julho de 2016 a fevereiro de 2017, Potlach inicia-se com uma sala vazia que ao longo do período expositivo será ocupada por objetos doados pelos visitantes que se dispuserem a dialogar com os curadores sobre arte, em horários pré-agendados. Enquanto os objetos se acumulam, a sala fica aberta à visitação. O cronograma apertado e a contenção de despesas foram fatores determinantes para que o espaço expositivo fosse construído aproveitando estruturas metálicas de painéis remanescentes de outra montagem na unidade, que foram repintadas e receberam prateleiras. Dois balcões em chapas de MDF recortados e encaixados são dispositivos complementares, para inscrição e recepção dos visitantes.

EXPOGRAFIA

#FORADAMODA

EXPOGRAFIA   #FORADAMODA: UMA EXPOSIÇÃO EM CONSTRUÇÃO

 

Curadoria: Equipe Sesc Ipiranga e Fause Haten | Sesc Ipiranga, São Paulo, 05abr-30out2016

Exposições, instalações, oficinas e performances que tratam do hibridismo entre moda e arte, do resgate de técnicas de costura, da valorização do fazer manual e debate a indústria da moda, em espaços diversos da unidade do Sesc Ipiranga. Diante da miríade de temas e artistas, coube-nos a tarefa de dar unidade ao conjunto, para o que criamos dispositivos expográficos de sinalização: cavaletes para as legendas de artistas e obras, biombo para os textos e créditos. Dessa forma, a identidade visual em ponto cruz, também criada por nós, é a costura do projeto. Os cavaletes foram “bordados” em oficinas de ponto em cruz ministradas pela artesã Cris Torchia.

CENOGRAFIA

AÇOITE

CENOGRAFIA   AÇOITE

 

Show de Juliana Amaral | Turnê 2016-9

Uma caixa preta, um tapete de lona de algodão na cor cáqui em que se dispõem músicos e balões cheios de gás hélio, presos a carretilhas de madeira. O cenário da turnê do disco Açoite é um quintal com luz recortada e sem cor, tensão entre o etéreo e o telúrico. A cena é montada no início do espetáculo, com a cantora trazendo da coxia, uma a uma, as carretilhas, dispostas em desenho geométrico de triângulos equiláteros. Ao final, as linhas dos balões são cortadas e eles ascendem, golpe consumado.

DESENHO GRÁFICO

AÇOITE

DESENHO GRÁFICO   AÇOITE

 

CD de Juliana Amaral | Selo Circus, 2016

Design, editoração eletrônica e fotografias do álbum. O estúdio Risco assina também o cenário da turnê do espetáculo e a videografia de divulgação.

EXPOGRAFIA

PROVOCAR URBANOS

EXPOGRAFIA   PROVOCAR URBANOS: INQUIETAÇÕES SOBRE A CIDADE

 

Idealização e curadoria: Núcleo Integrado de Artes | Consultoria: Ligia Nobre | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 20mar-31jul2016

A mostra reúne trabalhos artísticos, reflexões e atividades diversas e se propõe, de modo dialógico, a investigar os limites e potencialidades entre a riqueza e a imprevisibilidade da vida urbana frente a institucionalização de processos contemporâneos. Nossa contribuição maior, nesse sentido, foi a de mapear a implantação das obras nos espaços disponibilizados pelo Sesc, em diálogo com os artistas. Além disso, um mobiliário de apoio aos arte-educadores foi desenvolvido bem como bandeiras de sinalização, que buscam dar uma unidade ao conjunto, fornecendo ao público pistas de que a exposição continua em outros andares e lugares, parte do desenho gráfico também desenvolvido pelo Estúdio Risco.

DESENHO GRÁFICO

PROVOCAR URBANOS

DESENHO GRÁFICO   PROVOCAR URBANOS: INQUIETAÇÕES SOBRE A CIDADE

 

Idealização e curadoria: Núcleo Integrado de Artes | Consultoria: Ligia Nobre | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 20mar-31jul2016

Identidade visual, design e editoração eletrônica do catálogo e sinalização da exposição.

EXPOGRAFIA

ARNO RAFAEL MINKKINEN

EXPOGRAFIA   ARNO RAFAEL MINKKINEN: CORPO COMO EVIDÊNCIA

 

Curadoria: João Kulcsár | Sesc Jundiaí, 19mar-12jun2016

Dados o volume de obras a ser apresentado e o espaço exíguo pré-existente, que não poderia sofrer alterações, o único caminho a seguir era o adensamento das paredes, com decorrente efeito instalativo. O resultado pareceu-nos interessante na medida em que dialogava com os aspectos formais das fotografias de Arno Rafael Minkkinen (preto e branco, sombra e luz, avesso e direito) e não menos importante com a dramaturgia do objeto fotografado: um único e só corpo fragmentado e agora “remontado” pela montagem. A identidade e comunicação visual da mostra foi elaborada em paralelo, com destaque para uma impressão em grande formato do lado externo, voltada para o mezanino do edifício, que evidencia a instalação e convida à fruição da galeria.

DESENHO GRÁFICO

#FORADAMODA

DESENHO GRÁFICO  #FORADAMODA: UMA EXPOSIÇÃO EM CONSTRUÇÃO

 

Curadoria: Equipe Sesc Ipiranga e Fause Haten | Sesc Ipiranga, São Paulo, 05abr-30out2016

Identidade visual, design e editoração eletrônica do catálogo e sinalização da exposição.

ARQUITETURA

TL223

ARQUITETURA   TL223

 

Apartamento | São Paulo, 2016

A indústria da construção civil não raro nos impõe novos programas e desafios no agenciamento espacial: como lidar com a “varanda gourmet”? Retirada das portas de vidro existentes e nivelamento do novo piso – porcelanato cinza – com a sala. A cerâmica azul recorrente na parede dos fundos da cozinha e da churrasqueira. O leiaute preciso e uma iluminação adequada ao convívio. O mínimo de obra-civil e a madeira cumaru angulada em banco, bancada, balcão; soleira e portas.

EXPOGRAFIA

VI MOSTRA 3M DE ARTE DIGITAL

EXPOGRAFIA   VI MOSTRA 3M DE ARTE DIGITAL – WHATSAPPROPRIATION – A ARTE DE REVISITAR A ARTE

 

Curadoria: Claudia Giannetti | Fundição Progresso, Rio de Janeiro, 09-25out2015

Se por um lado o espaço da antiga fábrica alinha-se ao conceito curatorial de apropriação contemporânea, por outro as características das obras apresentadas exigiu a construção de suportes museográficos tradicionais, num espaço precário que não costuma receber exposições de arte. Cuidamos então de minimizar os conflitos entre o construído e o existente, preservando intocada, tanto quanto possível, a estrutura do local, pouco iluminada. A luz é direcionada para painéis autoportantes organizados a partir de um núcleo central formado por duas salas escuras e com pé direito alto, que abrigam projeções e respondem a necessidades específicas dos artistas. Outro norte para o desenho foram os núcleos de obras estabelecidos pela curadoria.

ARQUITETURA

FK445

ARQUITETURA   FK445

 

Apartamento | São Paulo, 2014

É sempre um desafio encarar uma reforma já em andamento: aceitar algumas soluções, modificar outras e criar uma unidade para tudo. No apartamento em questão, nosso trabalho foi o de auxiliar na escolha de alguns acabamentos, luminárias e desenho de mobiliário específico para espaços diminutos.

EXPOGRAFIA

FOTOLIVROS, UMA SELEÇÃO ATUAL

EXPOGRAFIA   FOTOLIVROS, UMA SELEÇÃO ATUAL

 

Curadoria: La Fábrica, Claudi Carreras e Iatã Cannabrava | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 08abr-14jun2015

A exposição, resultado de uma parceria entre Sesc São Paulo e a empresa espanhola de produção cultural La Fábrica, apresenta uma panorama das últimas tendências editoriais em fotografia, com exibição de 146 livros nacionais e internacionais. Com suportes expográficos em papelão dados e local escolhido, nosso trabalho foi o de criar um leiaute que garantisse boa circulação e fruição do  público. O Estúdio Risco também foi responsável pelo desenho gráfico da exposição e do programa do Encontro de Fotolivros, evento paralelo à mostra.

DESENHO GRÁFICO

FOTOLIVROS, UMA SELEÇÃO ATUAL

DESENHO GRÁFICO   FOTOLIVROS, UMA SELEÇÃO ATUAL

 

Curadoria: La Fábrica, Claudi Carreras e Iatã Cannabrava | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 08abr-14jun2015

Identidade visual, design e editoração eletrônica do catálogo e sinalização da exposição.

ARQUITETURA

CIRCUS

ARQUITETURA   CIRCUS PRODUÇÕES CULTURAIS

 

Produtora Cultural | São Paulo, 2014 e 2016

Às vezes, mesmo diante da necessidade financeira de um trabalho, o melhor a fazer é negá-lo. Inicialmente convocados para reestruturar o espaço físico da produtora cultural, nossa cliente de desenho gráfico desde 2008, negamo-nos a fazê-lo na então sede da empresa, inadequada a suas atividades: da portaria com catracas ao minúsculo conjunto, em que os funcionários se acotovelavam em mesas improvisadas. Iniciamos assim um diálogo a respeito do funcionamento da empresa, de suas necessidades e possibilidades. Quase um ano passado, teatro, loja de discos, café? Alguns imóveis visitados, planilhas e por fim a solução vizinha: Galeria Metrópole, duas lojas, canos, demolições, descobertas, concreto, caixão perdido. A produtora em dois andares entremeados por uma sala de música, loja do Selo Circus, lugar de audição de discos e pequenos concertos dos artistas da produtora. Loja essa que em 2016 recebeu mobiliário para guarda e exposição de cds e discos de vinil, desenhados e executados por nós.

EXPOGRAFIA

V MOSTRA 3M DE ARTE DIGITAL

EXPOGRAFIA   V MOSTRA 3M DE ARTE DIGITAL – CANÇÕES DE AMOR

 

Curadoria: Núcleo de Pesquisa e Curadoria ITO | Coordenação: Paulo Miyada | Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 05-30nov2014

Vivemos um tempo de retomada da cidade como lugar do encontro, seu desígnio primeiro. Paradoxalmente, os novos suportes digitais e as redes sociais virtuais têm colaborado neste processo, que encontra eco nesta mostra de arte: do que são feitas as as canções de amor? A expografia assim, a partir do diálogo com a curadoria e a produção, tensiona um silêncio ruidoso que coisifica a imaterialidade de algumas das obras apresentadas ao tempo em que acalanta outras. Para tanto, desenhamos uma ossatura metálica modulada que encarna planos específicos às necessidades de cada artista, convidando o público a dançar.

DESENHO GRÁFICO

CORDAL

DESENHO GRÁFICO   CORDAL

 

CD de Almir Côrtes e João Paulo Amaral | 2014

Design, editoração eletrônica e ilustrações para álbum e peças gráficas de divulgação. O estúdio Risco também assina a cenografia da turnê do espetáculo.

CENOGRAFIA

CORDAL

CENOGRAFIA   CORDAL

 

Show de Almir Côrtes e João Paulo Amaral | Turnê 2014-5

Gostamos sempre de pensar no todo e foi assim, que a partir de uma primeira consulta para a elaboração do desenho gráfico do disco Cordal, e mesmo com os parcos recursos existentes, surgiu a idéia de estender nosso trabalho à turnê do espetáculo, criando uma unidade visual para o trabalho de Almir Côrtes e João Paulo Amaral. A partir de desenhos de patentes antigas de componentes de instrumentos de corda, surgiu o telão que acompanha os músicos em seus shows. No mais um desenho de luz simples, com foco nos músicos e difusão na imagem ao fundo, que flutua.

EXPOGRAFIA

ELEMENTO LATENTE | ITINERÂNCIA RIO PRETO

EXPOGRAFIA   ELEMENTO LATENTE | ITINERÂNCIA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

 

Curadoria: Emily Adams | Sesc Rio Preto, 27set2014-01fev2015

Itinerância de mostra fotográfica de dez artistas latino-americanos selecionados no contexto do Festival PHotoEspaña.br, apresentada originalmente na Casa de América em Madri. O Estúdio Risco foi também responsável pelo desenho gráfico da exposição.

EXPOGRAFIA

ELEMENTO LATENTE

EXPOGRAFIA   ELEMENTO LATENTE

 

Curadoria: Emily Adams | Sesc Santana, São Paulo, 25jul-21set2014

Mostra fotográfica de dez artistas latino-americanos selecionados no contexto do Festival PHotoEspaña.br, apresentada originalmente na Casa de América em Madri. Por determinação do Sesc, a mostra deveria ser adaptada ao espaço de uma exposição precedente de artemídia. Como os painéis existentes não podiam ser movidos e havia um piso elevado em madeira com revestimento vinílico já desgastado, a solução encontrada foi a aplicação de grandes rodapés para acabamento da nova forração, quase que a indicar a inadequação do espaço ao novo propósito. Um grande painel remanescente, externo ao ambiente da mostra, foi sinalizado em amarelo, chamando a atenção do público para a exposição localizada em área de pouca circulação. O Estúdio Risco foi também responsável pelo desenho gráfico da exposição.

EXPOGRAFIA

CORPOS INSURGENTES

EXPOGRAFIA   CORPOS INSURGENTES

 

Curadoria: Núcleo de curadoria do Sesc Vila Mariana | Sesc Vila Mariana, São Paulo, 25 jul-26out2014

A ânsia contemporânea em ocupar espaços livres não se limita aos quiosques de shopping center. Nas unidades dos SESCs, por exemplo, os espaços de circulação são muitas vezes loteados para exposições artísticas, em estruturas expográficas provisórias que acabam permanecendo. Assim, uma exposição de arte contemporânea sobre futebol dá lugar a outra que discute o universo feminino. Corpos insurgentes em espaço rebelado: dentro do possível optamos em não utilizar para suporte das obras os painéis da exposição anterior, pintados internamente de preto. Os televisores necessários foram instalados em escoras metálicas utilizadas na construção civil, prontas para ser retiradas.

CENOGRAFIA

O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2014

CENOGRAFIA   O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2014

 

7ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2014

O cenário para a sétima temporada do talk show capitaneado por José Mojica Marins foi inspirado nos cemitérios típicos dos filmes clássicos de terror dos anos 1930, com destaque para a lápide de Josefel Zanatas, nome de batismo do agente funerário Zé do Caixão.

 

EXPOGRAFIA

EM DIRETO | ITINERÂNCIA SOROCABA

EXPOGRAFIA   EM DIRETO | ITINERÂNCIA SOROCABA

 

Curadoria: Paulo Miyada | Sesc Sorocaba, 11fev-11maio2014

Em sua segunda itinerância, a mostra chega ao espaço de exposições do Sesc Sorocaba com a troca de algumas das obras selecionadas originalmente pela curadoria, em função da logística, da disponibilidade ou mesmo da vontade dos dezoito artistas de expor novos trabalhos, corroborando a idéia de edição ao vivo, ou como dizem os meios de comunicação portugueses e franceses: em direto. Nosso desafio aqui foi o de criar as condições expográficas adequadas às escalas, suportes, preservação e iluminação das obras apresentadas em dois andares do edifício. Uma malha de vigas repousa sobre painéis autoportantes de madeira estruturando forros e suportando refletores.

ARQUITETURA

MIRA194

ARQUITETURA   MIRA194

 

Casa | São Paulo, 2013-4

As boas construções são perenes, o tempo inexorável. Reescrever uma velha casa de família em nova época requer, a nosso ver, não só uma atenção às mudanças programáticas no viver mas também uma análise sintática do espaço existente. E mesmo frente a um estilo ultrapassado ou duvidoso eleger um presente possível, nesse caso incorporando elementos funcionais simples: tinta, vidro, cimento. Mais que construir, desconstruir. Mais que somar, subtrair. Assim surge, a  partir da demolição de algumas paredes, um avarandado que anuncia e organiza o espaço.

CENOGRAFIA

COM FRESCURA

CENOGRAFIA   COM FRESCURA

 

Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2013

Num cenário kitsch e glamuroso, Rogéria recebe convidados para um bate-papo irreverente e ousado. O estúdio Risco produziu também as vinhetas de abertura e créditos do programa.

CENOGRAFIA

TONHÃO BORRACHA

CENOGRAFIA   TONHÃO BORRACHA

 

Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2013

Cenário para atração que antecede as sessão de filmes “Como Era Gostoso”, às quartas-feiras, com crônicas apimentadas dos clássicos da pornochanchada pelo borracheiro mais tarado do cinema brasileiro.

 

ARQUITETURA

VM61

ARQUITETURA   VM61

 

Apartamento | São Paulo, 2013-4

A recompartimentação de um apartamento em função das necessidades da vida contemporânea é um desafio que exige diálogo franco entre cliente e arquiteto, no intuito de entender e qualificar as demandas, estabelecendo o programa que norteará a intervenção. No caso em questão: integrar a cozinha à sala, diminuir a área de serviço, acabar com as dependências de empregada, criar um closet na suíte, destinar as opalinas da coleção da moradora para a iluminação de cada ambiente, e por fim, transformar um dos três dormitórios existentes em equipamento funcional que abrigasse seus muitos livros, sala íntima. Nova roupagem para a velha casa.

ARQUITETURA

PA02

ARQUITETURA | PA02

 

Chácara | Paraty, RJ, 2013-4

Três anos após se mudar para a cidade de Paraty, uma família vendeu a casa projetada por nós na ocasião e adquiriu uma chácara com praia particular a cinco quilômetros do centro. Novamente fomos convidados a dar forma a seus sonhos e para isso fomos conhecer o lugar e analisar suas potencialidades. Três construções caiçaras reformadas ao longo dos anos pelos então moradores: a casa principal, a casa do caseiro e uma oficina/garagem de barcos. Matas e jardins, córrego correndo para o mar. A garagem original, em péssimas condições, foi demolida e deu lugar a uma nova garagem e a um ateliê com vista privilegiada. A casa do caseiro recebeu uma reforma básica com manutenção da compartimentação existente. O núcleo construído principal passou a abrigar a área comum da nova casa, que recebeu o acréscimo de um anexo ao fundo, para abrigar três dormitórios e banheiro no térreo; suíte, sala de leituras, laboratório fotográfico e escritório no andar superior. Junto à entrada principal, o avarandado anteriormente existente foi refeito e redimensionado, com piso em deck de madeira. A piscina, com água natural, recebeu também um deck ao seu redor. Todas as novas construções foram executadas com estrutura de madeira que chegou até o terreno pelo mar, em função do precário acesso por terra, em encosta. No final da obra, uma equipe de calceteiros da região resolveu a questão com um calçamento de paralelepípedos . Um dique para contenção do mar e a remoção de parte da vegetação existente cuidaram para a melhor insolação e o não alagamento do terreno entre o mar e a casa principal.

ARQUITETURA

ZA118

ARQUITETURA   ZA118

 

Casa | São Paulo, 2012-3

Com a mudança de um casal com dois filhos de um pequeno apartamento para uma casa de espaços generosos, surgiram dúvidas em relação ao uso de determinados ambientes (internos e externos) e ao mobiliário complementar necessário ao novo endereço. No leiaute proposto podemos destacar o grande sofá desenhado para a sala e o deque elevado no fundo do terreno.

ARQUITETURA

RC1A

ARQUITETURA   RC1A

 

Casa | Rio Claro, SP, 2012-3

Ainda que numa escala doméstica, este projeto é um ensaio nosso de como lidar com o patrimônio construído. Uma residência dos anos 1940 em Rio Claro, com sucessivas reformas ao longo do tempo, já descaracterizada. Mantivemos o núcleo originalmente construído, identificado em cópia do projeto original de aprovação na prefeitura municipal, abrigando sala, cozinha, banheiro, dormitório para visitas e ateliê, próximo à rua; acrescido de um anexo para a espaçosa suíte do casal: dormitório, sala íntima, closet, banheiro, terraço. E um corredor de ligação que parte da cozinha, envidraçado do lado da varanda/copa e fechado para a lavanderia, que antecipam a nova suíte. À maneira daquelas construções, refizemos um alpendre com estrutura em ferro e cobertura de vidro e mantivemos na casa componentes já existentes que foram reaproveitados de antigos vagões da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Essa história ferroviária, que se mistura com a história da cidade, também motivou o anexo feito vagão, com paredes externas e cobertura em telhas metálicas, construído no sistema steel frame, sobre embasamento em alvenaria que aproveitou o perfil anterior dos puxadinhos demolidos. Destacamos ainda o jardim nos fundos, com manutenção de jabuticabeira adulta, que estabeleceu os limites do construído. Área que hoje abriga também reservatórios subterrâneos para captação e reaproveitamento de águas pluviais e o volume da caixa d’água.

ARQUITETURA

LLTT

ARQUITETURA   LLTT

 

Apartamento | São Paulo, 2012

Não são raros os clientes que chegam até nós com necessidades de melhorias pontuais em suas casas, às vezes aparentemente desconexas, quase sempre atreladas à necessidade de um cronograma rígido que minimize interferências no cotidiano e possibilite uma programação de desembolsos. Nossa postura nesses casos é sempre a mesma: vamos pensar globalmente para depois agir localmente, projeto e planejamento. Elencados desejos, necessidades e prioridades, o desenho geral é realizado e em seguida estruturada sua implementação. Neste caso específico, banheiros e quartos foram deixados para um segundo momento. De imediato, reformou-se cozinha, área de serviço e dependências de empregadas, complementou-se o leiaute de áreas comuns, com aquisição de luminárias e móveis. Foram por nós desenhados: rack Paralelo, estante Estronca e cabideiro. O hall do elevador, que atende exclusivamente o apartamento, recebeu papel de parede geométrico.

EXPOGRAFIA

EM DIRETO | ITINERÂNCIA ARARAQUARA

EXPOGRAFIA   EM DIRETO | ITINERÂNCIA ARARAQUARA

 

Curadoria: Paulo Miyada | Sesc Araraquara, 17out-7jan2012

A exposição, originalmente realizada na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, foi remontada pelo Sesc Araraquara, em condições espaciais bastante diferentes. Em contraponto à aspiração museológica da caixa branca inicial, o mezanino destinado pelo Sesc é um lugar aberto, de circulação e convivência (recepção, ludoteca, área de leitura), o que de certa forma corrobora com a pertinência das idéias de presença e simultaneidade para pensar a produção e fruição da arte contemporânea, estruturantes na curadoria da mostra. O desenho, que respeitou a tipologia dos suportes expositivos originais, resultou mais espraiado.

EXPOGRAFIA

É PRECISO CONFRONTAR AS IMAGENS VAGAS…

EXPOGRAFIA   É PRECISO CONFRONTAR AS IMAGENS VAGAS COM OS GESTOS CLAROS

 

Curadoria: Paulo Miyada | Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, 1set-26out2012

A expografia buscou, com os parcos recursos e estrutura disponíveis, dar conta da distribuição e diagramação das obras de arte, a partir do plano curatorial estabelecido, que incluiu ainda ciclo de performances e debate.

CENOGRAFIA

SM, XLS

CENOGRAFIA | SM, XLS

 

Show de Juliana Amaral | Turnê 2012-4

O cenário da turnê SM, XLS, disco de Juliana Amaral, está em função de dois atos: SM, samba mínimo e XLS, extra luxo super. No primeiro ato a cantora está acompanhada de violão e percussão e a cortina em algodão cru de fundo confunde-se com as figuras no palco, vestidas com a mesma cor. Interlúdio, cai a cortina e atrás dela revela-se o luxo de um painel em chapas metálicas, refugo de metalurgia. No chão, um tapete de linóleos usados para estampagem de latas e uma bobina de madeira da qual brota uma rosa vermelha. Assista o making off da montagem.

 

 

EXPOGRAFIA

IMAGENS DE UMA PAIXÃO

EXPOGRAFIA   IMAGENS DE UMA PAIXÃO: 100 ANOS DA TORCIDA DO SANTOS

 

Curadoria: Odir Cunha e Marcos Piffer | Sesc Santos, 29jun-11set2012

Duplo desafio o de materializar uma exposição fotográfica sobre a torcida do centenário Santos Futebol Clube na área de convivência do Sesc da cidade. Primeiro pelas qualidades arquitetônicas do edifício, que exigem uma postura expográfica respeitosa, para que a cenografia dialogue com o espaço existente, sem opor-se a ele. E depois e principalmente pela dificuldade, que é nossa e dos fotógrafos participantes de capturar o épico do futebol, traduzindo-o em imagens e fruição. Futebol que é cercado pela afetividade do brasileiro, conforme atesta o título da exposição, expressão máxima de nossa cultura de massas. Daí que a solução das bandeiras, não tectônicas, nos pareceu adequada: bandeiras que nos remetem às festas cívico-religiosas populares brasileiras, aos antigos estádios lotados e que estão presentes em nossas casas, como cortinas ou dividindo espaços. Bandeiras que nos libertam do plano fixo das fotografias, convidando o público a penetrá-las e a perder-se, sem percurso definido, na imensidão de uma arquibancada, com uma trilha sonora que sugere o ambiente da Vila Belmiro, numa grande celebração da efeméride santista (assista ao vídeo). O Estúdio Risco foi também responsável pelo desenho gráfico da exposição.

EXPOGRAFIA

MOSTRA SESC DE ARTES 2012

EXPOGRAFIA   MOSTRA SESC DE ARTES 2012

 

São Paulo, 19-29jul2012

Expografia e ou assessoria à implantação de obras nas áreas de artemídia e artes visuais para Elida Tessler, Guto Nóbrega, Laura Belém, Marepe, Nino Cais, Tania Mouraud e Vitor César em diversas unidades do Sesc na Mostra, que debatia as conexões entre tradição e produção contemporânea. Para o mesmo evento, fizemos a sinalização das unidades.

ARQUITETURA

AB31

ARQUITETURA   AB31

 

Apartamento | São Paulo, 2012

Adequação de um apartamento de dois dormitórios para um casal com planos de ter um filho. A área comum foi valorizada e ampliada com a demolição da parede que dividia sala e cozinha. A antiga parede do corredor foi substituída por uma estante Estronca e o banheiro social voltou a ser único (em reforma anterior fora dividido para a criação de uma suíte). A área de serviço foi também integrada à cozinha e o banheiro de empregada transformado em lavabo, todos com piso epóxi.

CENOGRAFIA

PRELIMINARES 2012

CENOGRAFIA   PRELIMINARES 2012

 

2ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2012

Em sua segunda temporada, o programa priorizou o papel de Madame Rogéria, que passou a ter dois quadros: dicas de alta cultura e resposta a cartas eróticas de espectadores, ambos ambientados num bordel. Outro cenário é o da borracharia de Tonhão, crítico de pornochanchada.

CENOGRAFIA

O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2012

CENOGRAFIA   O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2102

 

5ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2012

Para o cenário da quinta temporada do programa de entrevistas de Zé do Caixão optamos por uma estética pop de figuração branca sobre fundo vermelho: tumba central encimada por crânios e ladeada por castiçais.

ARQUITETURA

SL130

ARQUITETURA   SL 130

 

Apartamento | São Paulo, 2012

Aqui um trabalho mais de subtração do que de adição. Convidados a organizar o leiaute da sala de apartamento de um casal muito querido, com acervo de móveis, objetos e obras de arte de qualidade, fizemos uma análise do existente e chegamos aos seguintes tópicos de intervenção: melhoria nas condições de assistir televisão e ouvir música, reposicionamento de adega de vinhos, solução para máquina de café e para armazenamento de copos e taças de uma antiga cristaleira, dispensada. A solução encontrada foi a de um equipamento funcional discreto que de um lado abrigasse os equipamentos eletrônicos e de outro um bar, melhorando ainda as condições de circulação e visibilidade, numa sala ampla de poucas paredes. Outra demanda foi a de melhorias no dormitório, com instalação de ar condicionado sem prejuízo da fachada do edifício e de uma porta ao fim do corredor, que melhorasse o isolamento sonoro e a privacidade de acesso do casal ao banheiro.

EXPOGRAFIA

ENQUANTO TEMPO

EXPOGRAFIA   ENQUANTO TEMPO

 

Curadoria: Galciani Neves | Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, 14abr-17maio2012

A luz desenhou esta exposição coletiva de fotografia, que discutia a passagem do tempo. No primeiro salão expositivo, a luz natural, invadia o ambiente, acelerando o processo de decomposição fotográfica proposto por Jean Phi, um dos artistas da mostra, que mergulha auto-retrato seu num aquário. No segundo, os trilhos eletrificados da galeria determinaram a forma do volume central único conformado pelos painéis móveis disponíveis, o que possibilitou a boa iluminação das fotografias em suas paredes externas e o escurecimento do interior, para uma obras em vídeo.

ARQUITETURA

CB122

ARQUITETURA   CB122

 

Apartamento | São Paulo, 2012

Nosso trabalho aqui foi o de mediar escolhas de um casal que após a decisão de morar juntos viu-se entre a duplicidade de algumas coisas e a ausência de outras. A proposta de leiaute intentou apontar maneiras pra que a vida a dois funcionasse no apartamento de um deles, para quem já havíamos desenhado anteriormente o terraço verde.

ARQUITETURA

CA21

ARQUITETURA   CA21

 

Casa | São Paulo, 2012

Reforma de sobrado geminado recém-adquirido por um jovem casal. Identificadas as qualidades do projeto original da casa, tratamos de promover uma limpeza nos puxadinhos resultantes de sucessivas reformas, permanecendo apenas o anexo dos fundos (sala de televisão embaixo, escritório em cima). Assim, os recuos lateral e frontal, anteriormente cobertos, voltaram a ensolarar, revelando a alvenaria de blocos de concreto aparentes, pintada de branco. A frente do terreno recebeu um portão de enrolar e a entrada de pedestre cobertura. As intervenções internas concentraram-se no térreo, com a transformação do antigo quarto de empregada numa generosa área de serviço, que conforma também uma nova circulação para a cozinha, agora integrada à sala por uma grande mesa de madeira, equipamento funcional para uso diário (três lugares na cozinha) e confraternizações (até dez pessoas). O piso de todo o térreo passou a ser de cimento queimado, a caixilharia de ferro pintada de azul e as bancadas em concreto aparente.

 

CENOGRAFIA

INSTALAÇÃO: PÁGINAS AMARELAS

CENOGRAFIA   INSTALAÇÃO: PÁGINAS AMARELAS

 

Show de Tom Zé | Sesc Pompeia, São Paulo, 8-9dez2011; Sesc Santana, São Paulo, 27-29jan2012

Neste espetáculo, Tom Zé apropria-se musicalmente de uma série de símbolos urbanos numa operação lúdica de aproximação com o público, recuperando o sentido de cidade como lugar do encontro. Ao lado de sucessos de temática citadina, o artista apresenta novas composições que cantam os números da lista telefônica e placas de aviso. A proposta, originalmente pensada para o teatro sanduíche do Sesc Pompeia e posteriormente adaptada para o teatro italiano do Sesc Santana foi a de fazer uma chuva de telefones, complementada por uma grande faixa de tecido que reproduz os classificados de telefones úteis e pequenos displays de placas de elevadores e banheiros, elementos com os quais Tom Zé interage ao longo de canções correlatas. Para nossa surpresa, durante a passagem de som, descobrimos que o cenário também virou música: “foi no Sesc Pompéia, que nasceu a idéia, fazer telefone chover, pra falar com você”.

EXPOGRAFIA

EM DIRETO

EXPOGRAFIA   EM DIRETO

 

Curadoria: Paulo Miyada | Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, 5-26nov2011

Mostra de trabalhos de arte contemporânea que se valem da capacidade de interpretação acelerada, diante da imagem das coisas, enquanto ainda estão acontecendo. O desenho da exposição é decorrência das relações de vizinhança entre obras, estabelecidas pelo curador, bem como da necessária utilização dos dispositivos expográficos institucionais pré-existentes, aos quais foram associadas algumas bancadas em madeira, apoio de equipamentos eletrônicos e trabalhos manipuláveis.

EXPOGRAFIA

PORTFÓLIO CHARIVARI

EXPOGRAFIA   PORTFÓLIO CHARIVARI

 

Sesc Santos, 14jul-21ago2011

O grupo de ilustradores Charivari inaugurou o projeto Portfólio, do Sesc Santos, que apresenta coletivos de jovens artistas. O desenho da exposição Portfólio Charivari deveria dar conta da diversidade de suportes e formatos das ilustrações, da necessidade de reaproveitamento de painéis de uma exposição precedente no mesmo mezanino e do pouco recurso material disponível. Os módulos de painéis foram destacados uns dos outros e organizados em desenho de matriz hexagonal que remete à estrutura do vigamento do edifício. Pintados na cor areia, os painéis foram fixados uns aos outros por dobradiças para porteira, na cor azul. Os originais em papel foram fixados às paredes por meio de folhas de acetato e tachas. Para dar conta da apresentação de desenhos em suporte digital, foram previstos porta-retratos digitais inseridos no interior dos painéis através de alçapões revestidos com papel de presente com estampa azul de olhos e buracos de fechadura. Banco para assistir vídeo e revisteiro para publicações manuseáveis, ambos triangulares. No chão, triângulos de forração azul dando unidade ao conjunto e criando um remanso para leitura e ações educativas. A projeto gráfico da exposição baseou-se na experimentação com bolinhas de papel adesivo do Charivari 4, publicação lançada na abertura do evento.

CENOGRAFIA

PRELIMINARES 2011

CENOGRAFIA   PRELIMINARES 2011

 

1ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2011

O programa, de humor ácido e apelo erótico apresenta três quadros: Madame Rogéria, Nero Fera e Tonhão Borracha, respectivamente ambientados num bordel, num quarto de motel e numa borracharia, com cenários maneiristas. Para o personagem Nero Fera, misto de malandro carioca e “pimp” americano, foram também desenvolvidos protótipos e imagens de uma linha de produtos temáticos (bomba peniana, livros, cd) que de modo fictício era comercializada no programa.

EXPOGRAFIA

OCUPAÇÃO FLÁVIO IMPÉRIO

EXPOGRAFIA   OCUPAÇÃO FLÁVIO IMPÉRIO

 

Concepção e coordenação de conteúdo: Vera Hamburger | Itaú Cultural, São Paulo, 1jun-17jul2011

Assistência de expografia para Helio Eichbauer. A exposição, em homenagem a Flávio Império, foi concebida como uma festa de São João na qual foi instalado um ateliê de serigrafia aberto ao público. Teto embandeirado, prisma com santos juninos, janelas adesivadas, escultura aérea, chão de lona, paredes revestidas à maneira de um avesso de cenário, biombos com telas de serigrafia originais e painel para projeção de trechos de filmes em super-8.

CENOGRAFIA

O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2011

CENOGRAFIA   O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2011

 

4ª temporada | Direção: André Barcinki | Canal Brasil, 2011

Na quarta edição do programa, foram mantidos sofá-caixão, piso marmorizado e gato empalhado da temporada anterior. Investimos num fundo expressionista de pernas pretas irregulares em contra-luz: branca para as entrevistas e vermelha para a Infernet, quadro em que Capetinha, assistente de palco de Zé do Caixão, dá voz a cartas de espectadores para a resposta do apresentador.

ARQUITETURA

MF13

ARQUITETURA   MF13

 

Apartamento | São Paulo, 2011

Aquela velha dicotomia entre área e espaço, no tempo: um apartamento grande, antigo, excessivamente compartimentado para as necessidades de um casal com duas filhas, hoje. A ansiedade pela mudança, os condicionantes financeiros e os sonhos da família nossas balizas. Havendo qualidades na construção, algumas atitudes foram de restauro: recuperação do piso em tacos de madeira, recuperação do caixilho em ferro da área de serviço, cromagem de fechaduras e maçanetas das portas, reforma dos armários embutidos de quartos e sala. Outras de completa reformulação: a área do antigo banheiro de empregadas foi incorporada à dos demais banheiros, dando origem a suíte do casal, banheiro de uso comum e lavabo; na cozinha, uma bancada irregular organizando serviços e fluxos; o quarto de empregada originando um pequeno escritório/ biblioteca, que rearticula as circulações e ameniza a extensão do corredor de acesso aos quartos, posto como galeria, com calha de iluminação linear (os quadros todos ali reunidos). O quarto lindeiro à sala ocupado por piano, televisão e brinquedos. Na sala, coleções de discos e cds organizadas em mobiliários por nós desenhados. O piso epóxi vermelho, índice das intervenções estruturais.

ARQUITETURA

W72

ARQUITETURA   W72

 

Apartamento | São Paulo, 2011

Um jovem cliente adquire seu primeiro apartamento, vai morar só e precisa dar um sentido para a saída da casa dos pais. E gosta do que? Videogame, televisão, churrasco, namoro. E precisa mais do quê? Um escritório com sofá-cama para eventual hóspede. Daí que um dos quartos do apartamento deu lugar a um grande sofá, voltado para o equipamento funcional painel/ mesa, que organiza toda a sala. A varanda recebeu um deck de madeira e uma mesa fixada ao teto, para aproveitando máximo da área do churrasco. No quarto diminuto, artifício semelhante: os criados mudos e a cabeceira da cama box fixados à parede. No mais, a especificação de móveis e luminárias.

 

ARQUITETURA

FF51

ARQUITETURA   FF51

 

Apartamento | São Paulo, 2010

Namorados decidem se casar e juntar os pertences num “loft” de edifício novo, com proposta de planta livre e customizável. No invólucro paredes/ lajes/ caixilhos, de pé direito duplo, deveriam caber uma suíte, cozinha e sala integradas, lavabo, área de serviço, além da varanda já existente. Mezanino e escadas metálicos, painéis deslizantes para fechamento do quarto, piso em madeira de demolição, lavabo e área de serviço em invólucro de mdf pintado de preto, laje cogumelo aparente. As visadas do entorno sempre valorizadas.

ARQUITETURA

LAB CLUB

ARQUITETURA   LAB CLUB

 

Clube noturno | São Paulo, 2009-10

O trabalho de concepção e implementação do clube noturno foi realizado de maneira coordenada, no sentido de um design total: auxílio aos clientes na escolha do imóvel, desenho de reforma do espaço, equipamentos funcionais (bancadas, balcões, sofás, apoios), displays promocionais e desenho gráfico (logomarca, sinalização, peças gráficas, site). Do imbricamento de um discurso projetual estruturado com a realidade, e por meio de uma economia de meios recusaram-se soluções estáticas de caráter efêmero para criação de equipamentos flexíveis, que possibilitem adições e usos vindouros, como convém a uma casa noturna. O antigo galpão da rua Augusta, em São Paulo, foi parcialmente reformado, mantendo suas características principais, e recebeu um anexo funcional que abriga escadas, banheiros e administração. A ligação entre o antigo e o novo é feita por meio de uma estrutura de metal e vidro, que, desde a fachada, percorre toda a área edificada – um dispositivo transitável que organiza as funções da casa (bares, caixas, passagens) ao tempo em que serve de suporte cenográfico para projeções que iluminam o ambiente.

ARQUITETURA

M42

ARQUITETURA   M42

 

Apartamento | 2009-10

Um apartamento novo, de dois dormitórios, a ser ocupado por jovem advogado solteiro. Já era dada a solução de cozinha americana, que foi revestida em laminado preto, em harmonia com o estar. A parede do vestíbulo foi substituída por uma estante vazada que atende os dois lados e desvela em trânsito a área social, ao tempo em que abriga livros e objetos de um potencial colecionador. A parede lateral do quarto de hóspedes também foi demolida, dando lugar a painéis de madeira que possibilitaram o uso cotidiano como um escritório aberto. Na varanda, pende do teto um grande suporte metálico para vasos. Egresso de um flat, era hora do morador adquirir novos móveis, luminárias e objetos, função nossa ajudá-lo nessa empreitada.

CENOGRAFIA

O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2010

CENOGRAFIA   O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO 2010

 

3ª temporada | Direção: André Barcinski | Canal Brasil, 2010

Desde sua terceira temporada, a cenografia do programa de entrevistas de Zé do Caixão está a cargo do Estúdio Risco. No talk show, José Mojica Marins tem um assistente de palco, o Capetinha. Em 2010, desenhamos um sofá-caixão para o apresentador, que repousa sobre um piso de mármore. A cena se completa com o balanço macabro do Capetinha e alguns objetos de cena, com destaque para um gato empalhado.

ARQUITETURA

PA01

ARQUITETURA   PA01

 

Casa | Paraty, RJ, 2009-10

Em busca de melhor qualidade de vida, um casal com filha pequena e plano de ter outro filho resolveu mudar-se de São Paulo para a cidade de Paraty. O programa de necessidades da família, o terreno de forma irregular, sua orientação solar e as qualidades do solo, aliados aos condicionantes de economia, mão-de-obra disponível e canteiro à distância, foram determinantes no desenho da construção. Para evitar a umidade do terreno, a casa foi suspensa. A estrutura em concreto aparente, tão logo desformada, recebeu o telhado cerâmico, em duas águas, com beirais largos. Assim, à sombra, os operários seguiram a modulação estrutural regular, que funcionou como gabarito de alvenarias, janelas e portas (dispostas a favorecer a ventilação cruzada). As instalações elétricas são aparentes. Armários, estantes guarda-roupas e bancadas foram executados em concreto armado. Revestimentos reduzidos ao mínimo.

DESENHO GRÁFICO

SONS DO BRASIL

DESENHO GRÁFICO   SONS DO BRASIL

 

Catálogo da Cooperativa de Música de São Paulo | 2009

Design e editoração eletrônica de catálogo bilíngue de 36 artistas representados pela Cooperativa de Música, para a feira internacional Womex (Dinamarca). Inclui CD e DVD.

CENOGRAFIA

SPFW 27ª EDIÇÃO

CENOGRAFIA   SPFW 27ª EDIÇÃO

 

Em parceria com agência Triptyque | Bienal São Paulo, 17-23jun2009

O evento integrou o calendário oficial do Ano da França no Brasil e teve como tema a paixão. Como na edição anterior, o Estúdio Risco se associou à Triptyque no projeto de espaços dos organizadores da semana de moda: a Casa SPFW, sala de imprensa e loja Pop-up. No lounge oficial do evento, investimos numa forração vermelha de paredes e piso, no espelhamento das janelas e na instalação de um forro elástico entre os pilares do edifício da Bienal, inspirado num “corselet”. O mobiliário construído em madeira, com pintura carmim brilhante, incorporava luminárias. As paredes baixas receberam lambe-lambe com estampas “toile de jouy”. Na sala de imprensa optamos por uma solução simples e espetacular: um backlight gigante nas cores da bandeira francesa, inspirado nos padrões de tecidos como o “piel de poule”. As demais paredes e vidros também receberam tratamento em azul, branco e vermelho. Com o sucesso da edição anterior, a loja Pop-up cresceu e ganhou novos móveis, desenhados como embalagens de madeira para transporte.

ARQUITETURA

L’ATELIER SÃO PAULO

ARQUITETURA   L’ATELIER SÃO PAULO

 

Restaurante | São Paulo, 2009

A velocidade dos negócios no mundo contemporâneo em contraponto à nossa prática manufatureira da construção civil tem criado um paradoxo: a da reforma pré-inauguração. Um grupo de jovens investidores paulistanos se deparou com a situação de sucessivos projetos e obras de adequação física de um mesmo ponto comercial, um ano e meio de aluguel pago em localização nobre. A última intervenção projetual coube a nós: dar uma cara mais cosmopolita e aconchegante ao ambiente, conforme redirecionamento comercial de um restaurante portenho para um estúdio de alta gastronomia contemporânea. As principais modificações foram o bar do lounge e o balcão ao fundo do salão, uma vez que os drinques ganharam destaque no cardápio e a finalização dos pratos seria feita à vista dos clientes. Os recuos laterais do terreno receberam jardins verticais, com vista do interior. A fachada foi revestida em painéis compostos de alumínio na cor preta.

CENOGRAFIA

SPFW 26ª EDIÇÃO

CENOGRAFIA   SPFW 26ª EDIÇÃO

 

Em parceria com agência Triptyque | Bienal São Paulo, 18-23jan2009

Em parceria com a agência Triptyque, o Estúdio Risco projetou três espaços na 26a. edição da São Paulo Fashion Week, que celebrou os brasileirismos, homenageando o centenário de Carmem Miranda: a Casa SPFW, a sala de imprensa e a loja Pop-up. Para a cenografia da casa, a partir da tradição luso-brasileira dos azulejos, criamos três padrões de estampas com a figura de Carmem Miranda, aplicadas em paredes, elementos construídos e piso. E o “metro quadrado de natureza”, móvel em pontaletes e tábuas de pinus para samambaias e grama, também utilizado defronte aos caixilhos da sala de imprensa, cuja parede principal foi revestida de vinil impresso com o dizer “Lembrança do SPFW”, numa reinterpretação da fitinha do Senhor do Bonfim. A loja Pop-up foi estruturada a partir do conceito de transitoriedade e portabilidade, com armários, bancadas, bancos, luminárias, pisos, provadores e totens confeccionados por fábrica de paletes e caixas de madeira para transporte.

DESENHO GRÁFICO

VIOLA CAIPIRA

DESENHO GRÁFICO   VIOLA CAIPIRA

 

Livro de João Paulo Amaral | 2008

Design e editoração eletrônica de livro de partituras, com arranjos instrumentais de músicas tradicionais para solo, duo e trio de violas. Contemplado pelo Prêmio Ney Mesquita da Cooperativa de Música de São Paulo. Acompanha CD.

CENOGRAFIA

VERÔNICA FERRIANI

CENOGRAFIA   VERÔNICA FERRIANI

 

Show | Teatro Pedro II, Ribeirão Preto, 29nov2008

O cenário do show de lançamento de Verônica Ferriani, primeiro disco da cantora, no Teatro Pedro II em Ribeirão Preto, foi inspirado nas ilustrações do encarte do cd, de autoria de Ana Brun. É composto de um telão de fundo em patchwork de tecidos de algodão e duas pernas em voal impresso, ao centro do palco, que descortinam-se ao longo do espetáculo criando efeitos de velatura. Uma revoada de esferas transparentes e iluminadas, em primeiro plano, completa a cena.

CENOGRAFIA

CIRCOMUNIDADE

CENOGRAFIA   CIRCOMUNIDADE

 

Espetáculo circense itinerante | São Paulo, 2008

Circomunidade é um projeto de difusão de artes circenses que reúne palhaços, acrobatas e trapezistas numa carreta móvel para espetáculo itinerante. A carreta, que se desdobra em trapézio, foi adereçada com elementos encontrados na rede elétrica aérea de nossas cidades: pipas, pássaros, tênis e luminárias.

CENOGRAFIA

GLAMURAMA-PODER

CENOGRAFIA   GLAMURAMA-PODER

 

Em parceria com agência Triptyque | Hípica Paulista do Brooklyn, São Paulo, 15-19out2008

Lounge para a Editora Glamurama, da jornalista Joyce Pascowitch, no Athina Onassis Horse Show, torneio internacional de hipismo. Além de receber convidados, o espaço abrigou uma mini-redação, que fez a cobertura do evento. A cenografia do ambiente, feita em parceria com a agência Triptyque, foi inspirada nos elementos de um estábulo. À maneira de feno, foram confeccionados fardos de revistas Poder, que empilhados faziam as vezes de divisória, apoios, base para mesa de trabalho e sofá. A cabeça de cavalo do Estúdio Risco e o banco-sela assinado por Fernando Akasaka complementavam a decoração temática.

CENOGRAFIA

L’OFFICIEL

CENOGRAFIA   L’OFFICIEL III

 

Promenade Chandon, São Paulo, 17ago2008

Delicadas hiperbólicas parabolóides construídas com elásticos vermelhos percorrem o espaço  interior do salão de beleza, decoração para o luxuoso evento da rua Oscar Freire.

EXPOGRAFIA

PORTAL DA MEMÓRIA

EXPOGRAFIA   PORTAL DA MEMÓRIA – O JAPÃO EM CADA UM DE NÓS

 

Curadoria: Célia Oi e Paulo Garcez Marins | Banco Real, São Paulo, 21mai-18jul2008

A convite de Gláucia Amaral, desenhamos a instalação Portal da memória, que integrou a exposição comemorativa do centenário da imigração japonesa no Brasil “O Japão em cada um de nós”. Inspirada no jogo “House of cards” de Charles e Ray Eames (1952), era composta de cartas de baralho de grande formato em MDF adesivado com ranhuras que permitiam encaixes. Em um dos lados das cartas foi reproduzido em vermelho ou azul a estampa tradicional japonesa seigaiha, no outro imagens fotográficas de imigrantes e descendentes nipônicos, além de reprodução de mangás. Cartas especiais suportaram monitores de televisão e terminais de consulta pública a nomes e informações de cerca de 210 mil imigrantes japoneses.

EXPOGRAFIA

BASE MÓVEL

EXPOGRAFIA   BASE MÓVEL

 

Organização: Graziela Kunsch e Vitor Cesar | Centro Cultural São Paulo, 3abr-10mai2008

Como parte do projeto Arte e esfera pública foi criada uma estrutura flexível para encontros, conversas e estudos no Centro Cultural São Paulo, com apresentação de três projetos artísticos: arquivo de emergência, biblioteca e café educativo. O desafio expográfico aqui foi o de qualificar o espaço com verba muito reduzida. A solução, garimpar na própria instituição e em bazares de móveis usados os mínimos suportes necessários, que foram pintados em amarelo demarcatório, conferindo unidade ao conjunto. Tiras de plástico adesivo da mesma cor desenhavam no chão uma planta em escala real do que poderiam ser as paredes do lugar.

CENOGRAFIA

SAMBA MÍNIMO

CENOGRAFIA   SAMBA MÍNIMO

 

Show de Juliana Amaral | turnê 2008-11

Uma rosa de talco iluminada no chão do palco anuncia o show de Juliana Amaral, que ao entrar em cena posiciona-se sobre ela, iniciando seu processo de decomposição: matéria pouca transubstanciada em memória ativa. A turnê do espetáculo foi registrada no livro Samba mínimo, extra luxo super.

CENOGRAFIA

DI FREITAS

CENOGRAFIA   DI FREITAS

 

Show | São Paulo, 29fev2008

O cenário é composto por cordas de sisal penduradas em alturas diversas, com laços que remetem a cabaças, matéria-prima dos instrumentos fabricados por Di Freitas.

CENOGRAFIA

CLOSET 667

CENOGRAFIA   CLOSET 667

 

Loja de acessórios | São Paulo, dez2007-jan2008

Uma cascata de origamis de lírios em cordões luminosos azuis para a vitrine natalina da loja de acessórios femininos.

ARQUITETURA

PERENNE

ARQUITETURA   PERENNE

 

Recepção | São Paulo, 2007

Recém-instalada em nova sede, a empresa de engenharia de recursos hídricos precisava resolver sua nova recepção, área residual entre hall de elevadores, acesso à copa, sala de reunião, sala técnica e área de escritório ao fundo. A solução almejada deveria ser tecnológica, sustentável e contemporânea, em conformidade à imagem da empresa; além de barata e rápida (pouco mais de um mês entre concepção, execução e instalação). O desenho encontrado foi o de um único equipamento funcional em forma espiralada, feito em mdf revestido de laminado prata com borda superior iluminada, que resolve circulações, mesa de recepcionista, banco de espera e vitrine para produtos da empresa.

CENOGRAFIA

JULIANA SAMBA

CENOGRAFIA   JULIANA SAMBA

 

Show de Juliana Amaral | turnê 2007-9

Concebido para a turnê do disco Juliana Samba, da artista Juliana Amaral, o espaço da cena é desenhado por praticáveis de alumínio em cinco alturas (variando de 20 a 100cm do palco); e um cubo de arestas metálicas e faces frontais em voal estampado com pétalas de rosa, imagem ampliada da capa do cd. O cubo luminoso, que inicialmente repousa sobre o patamar mais alto do palco, é erguido no início do espetáculo, sólido que flutua em contraponto aos planos praticáveis por que circula a cantora, ao centro.